segunda-feira, 29 de agosto de 2011

gosto x belo

Anne Larue (Reims), ""Un combat esthétique au tournant des Lumières: le beau contre le goût, in: Figures de l'art, n. 2, 1994-96.

referências:

- Molière, "le goût gatê"; "goût depravé"; "sans goût", "petit goût".
- Mme. du Deffand, carta a Voltaire de 24 de março de 1760: "le goût est perdu!"
- Voltaire, art. Goût no Dictionnaire philosophique. Século 17, "siècle du bon goût qui ne peut plus revenir". [Ver, para comparação, texto de Addison no Spectator sobre o gênio, que ele opõe ao gosto; ver prefácio de Voltaire, Brutus, menção a Shakespeare]
- D. Diderot: a falta de gosto é uma falta moral: Boucher, Watteau, Baudoin [cf. Salon de 1767]
- David, "Rapport à la Convention Nationale, 1793: "licence des moeurs"
- E. Delacroix: "Nos petits tableaux misérables sont faits pour nos misérables habitations"
- C. Baudelaire, Curiosités esthétiques, "Exposition universelle de 1855", II. Ingres. [referência à luta de David contra "des trop vives et de trop aimables frivolités"

hipóteses:

1) esquema geral para a pintura francesa: [i] Félibien, classicismo, prerrogativas da pintura histórica na hierarquia dos gêneros; [ii] Regência, 1715, laxismo moral, Marivaux, Watteau; [iii] "petit gout", mauvais goût", "petite manière": Watteau, Boucher (Fragonard?); [iv] atualização revolucionária da "grande manière" por David e, em seguida, Delacroix; [v] C. Baudelaire e a crítica do grandioso.

2) hipótese para a crítica de Diderot (Salões) no interior desta trajetória: valorização do familiar, do prosaico, do burguês, contra a eloquência clássica e, ao mesmo tempo, moralização da mimesis. Consequência: condenação de Watteau e Boucher e elogio a Greuze no que este expressa de prosaico e transcendente.

Nenhum comentário:

Postar um comentário